AAVE, o principal protocolo de empréstimo descentralizado, sofreu uma rápida queda de preço de 64% em plataformas DeFi e em plataformas centralizadas, marcando o maior teste de estresse do protocolo até hoje. Movimentos de preço acentuados provocaram liquidações automatizadas totalizando aproximadamente US$ 180 milhões em garantias depositadas dentro de uma janela de 60 minutos.
Robôs de liquidação em cadeia executaram chamadas de margem em posições com garantia insuficiente, assegurando a recuperação dos ativos devidos, mas incorreram em perdas significativas para os depositantes alavancados. Os fundos de reserva do protocolo absorveram uma parte do déficit, enquanto empresas de arbitragem com empréstimos-relâmpago sem permissão capturaram ganhos ao explorar as disparidades de preço entre mercados fragmentados.
Parâmetros de risco embutidos nos contratos inteligentes v3 da AAVE, incluindo o modo de isolamento e curvas de juros dinâmicas, foram ativados para conter a exposição sistêmica. Não houve insolvência nem falhas críticas de contrato detectadas, refletindo uma arquitetura de design robusta, mas revelando atritos na resposta dos oráculos de preço durante volatilidade extrema.
As discussões de governança foram iniciadas desde então para avaliar a frequência de atualização dos oráculos, ajustes no fator de garantia e limites de empréstimos de stablecoins. As propostas visam introduzir taxas de estabilidade mais altas para classes de ativos voláteis e otimizar os limiares de liquidação para evitar liquidações em cascata excessivas.
Analistas do setor destacam que a resiliência da AAVE sob pressão sublinha a maturidade da infraestrutura DeFi, mas também ilustra os desafios em evolução conforme os protocolos se expandem. A ênfase passa a estar nas integrações entre blockchains, soluções de seguro para protocolos e ferramentas de monitoramento aprimoradas para salvaguardar contra eventos de risco concentrado nas finanças sem permissão.
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