A Figure Technology Solutions Inc. registrou sua declaração de registro S-1 na Comissão de Valores Mobiliários dos EUA em 18 de agosto de 2025, buscando listagem na Nasdaq sob o código"FIGR". A plataforma de empréstimos nativa de blockchain divulgou que a receita aumentou 22,4% ano a ano, alcançando US$ 191 milhões nos seis meses encerrados em 30 de junho de 2025, revertendo um prejuízo de US$ 13 milhões no ano anterior e atingindo um lucro líquido de US$ 29 milhões. O registro destaca o crescente interesse institucional em serviços financeiros vinculados a criptomoedas, após as listagens de alto perfil do emissor de stablecoins Circle e da Gemini Trust.
O S-1 indica que os recursos da oferta serão usados para propósitos corporativos gerais, incluindo capital de giro e potenciais aquisições estratégicas. Mike Cagney, cofundador e ex-CEO da SoFi, manterá o controle majoritário de voto pós-IPO. O registro observa que a Figure e seus parceiros originaram mais de US$ 16 bilhões em linhas de crédito de capital imobiliário via sua Provenance Blockchain, demonstrando a escalabilidade de sua infraestrutura de empréstimos on-chain.
O registro chegou enquanto a administração Trump formalizava a Lei GENIUS, criando um marco legal claro para emissores de stablecoin e sinalizando um ambiente político favorável às criptomoedas. A aprovação da lei impulsionou o sentimento do mercado, com analistas prevendo uma onda de listagens domésticas de cripto sob um regime regulatório mais amigável. O analista de ETF da Bloomberg Intelligence, Eric Balchunas, comentou que a cripto está se tornando um pilar líder no mercado de IPOs, com mais deSPACs e listagens diretas previstas.
Goldman Sachs, Jefferies e Bank of America Securities atuam como principais subscritores. A Figure planeja listar ações ordinárias da Classe A sem planos imediatos de emissão de dividendos. O esquema da empresa reflete uma tendência mais ampla de adaptação institucional da tecnologia blockchain aos mercados financeiros tradicionais, aproveitando ativos tokenizados e protocolos de finanças descentralizadas para desbloquear liquidez em classes de ativos historicamente ilíquidas.
Reportagem de Arasu Kannagi Basil e Ateev Bhandari em Bengaluru; Edição por Maju Samuel.
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