Um sofisticado exploit de phishing surgiu visando os detentores do World Liberty Financial (WLFI), o token de governanƧa ligado ao ecossistema cripto de Donald Trump. Empresas de seguranƧa identificaram que os atacantes exploraram uma brecha introduzida pela atualização Pectra do Ethereumāespecificamente, o mecanismo de delegado EIP-7702āpara implantar contratos maliciosos em carteiras comprometidas. Quando as vĆtimas tentavam depositar tokens ETH ou WLFI, o contrato delegado embutido redirecionava automaticamente os fundos para endereƧos controlados pelos atacantes, deixando os usuĆ”rios incapazes de recuperar os ativos.
O vetor do exploit gira em torno da funcionalidade EIP-7702, projetada para permitir transaƧƵes em lote e operaƧƵes delegadas. Embora destinada a simplificar interaƧƵes multi-call, essa capacidade de delegado tornou-se uma arma de dois gumes: os atacantes inseriram antecipadamente seus próprios endereƧos de delegado nas carteiras-alvo após o vazamento de chaves, frequentemente obtido por campanhas de phishing. Assim que usuĆ”rios desavisados autorizavam o delegado, quaisquer transferĆŖncias subsequentesāseja em ETH nativo ou tokens ERC-20 como o WLFIāeram redirecionadas para o contrato do hacker, burlando verificaƧƵes padrĆ£o de aprovação.
Relatos de fóruns da comunidade WLFI indicam que vĆ”rios investidores conseguiram recuperar apenas uma fração de suas possesāaproximadamente 20% em alguns casosāantes de perceberem o esvaziamento irreversĆvel. A empresa de anĆ”lise Bubblemaps tambĆ©m sinalizou āclones agrupadosā que imitam contratos oficiais de WLFI, confundindo ainda mais os usuĆ”rios e encaminhando-os para interfaces fraudulentas. Links de golpes proliferaram no Telegram e X, ampliando o alcance e impacto do ataque.
Esse exploit agrava as perdas para os detentores de WLFI que jĆ” enfrentavam quedas acentuadas nos preƧos após a estreia do token no mercado. A atualização Pectra, embora visando aprimorar a funcionalidade das carteiras, ressalta a importĆ¢ncia de protocolos rigorosos de auditoria e integração cautelosa de novas funcionalidades EVM. Especialistas em seguranƧa recomendam revogar todas as permissƵes de delegado via interfaces das carteiras, migrar ativos restantes para endereƧos recĆ©m-gerados com armazenamento de chaves offline e aguardar orientaƧƵes da comunidade ou do protocolo sobre tĆ©cnicas de mitigação. Ć medida que o incidente se desenrola, o setor enfrenta novo escrutĆnio sobre o equilĆbrio entre inovação e seguranƧa nos padrƵes de contratos inteligentes.
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