Estratégias de ações preferenciais Stretch lastreadas em bitcoins para investidores de renda

by Admin |
A entidade sucessora da MicroStrategy, Strategy, anunciou o aumento bem-sucedido de seu “Stretch” Preferred Stock (ticker STRC) de US$ 500 milhões para US$ 2 bilhões após a demanda dos investidores quadruplicar o livro. As ações perpétuas sem direito a voto possuem um dividendo que é reajustado mensalmente pelo valor maior entre 9% ou o SOFR de um mês mais 650 pontos base, sujeito a um mecanismo de colar de 25 pontos base que estabiliza o preço em torno da meta de valor nominal de US$ 100. A nota de pesquisa da NYDIG caracterizou o STRC como um instrumento estilo mercado monetário lastreado em bitcoin, pois a empresa pretende pagar dividendos com o caixa operacional e a valorização histórica de seu tesouro de 171.000 BTC, em vez da venda dos ativos principais de software. O último formulário 10-Q da Strategy listou US$ 71,7 bilhões em bitcoin contra US$ 11 bilhões em passivos, implicando uma relação de cobertura de ativos acima de 6,5×. Os recursos serão usados para adquirir mais bitcoin, quitar notas conversíveis antigas e financiar propósitos corporativos gerais. Segundo o prospecto, a Strategy pode emitir blocos adicionais de STRC quando o preço da ação exceder US$ 101 ou iniciar resgates parciais quando cair abaixo de US$ 99, criando uma faixa automática de liquidez. Morgan Stanley, Goldman Sachs e NYDIG Securities atuaram como coordenadores conjuntos do livro; o acordo deve ser liquidado em 1º de agosto na NYSE. A resposta institucional foi notável. O Fundo Income Opportunities da Fidelity indicou interesse de US$ 250 milhões, citando rendimento comparável ao de corporativos classificados como junk, porém com respaldo de ativos significativamente maior. O iShares Bitcoin Trust da BlackRock enviou um aviso de investimento passivo para até US$ 120 milhões, pendente da aprovação interna do comitê de riscos. Analistas enquadraram o acordo como um modelo para títulos de renda vinculados ao bitcoin que contornam a volatilidade do preço à vista enquanto monetizam a valorização de longo prazo. Ken Worthington, do JPMorgan, projetou que, se o BTC crescer 30% ao ano, a Strategy poderia elevar os dividendos acima de 11% sem erodir o principal. Críticos destacaram o risco potencial de concentração: mais de 83% do balanço da Strategy consistirá em um único ativo volátil. A Moody’s atribuiu uma classificação provisória Ba3, três níveis de junk, citando modelagem opaca de sustentabilidade dos dividendos. Apesar disso, a oferta destaca a crescente interação entre tesouros de ativos digitais e estruturas tradicionais do mercado de capitais, expandindo o alcance do Bitcoin para alocadores de renda fixa que buscam aumento de rendimento sem custódia direta de criptomoedas.
Comentários (0)