Em 15 de agosto de 2025, a análise on-chain revelou que três exploradores proeminentes de protocolos de finanças descentralizadas (DeFi) capitalizaram a alta do preço do Ether para liquidar ativos roubados, realizando mais de US$ 83 milhões em lucros acumulados. Incidentes de grande destaque na Radiant Capital, Infini e um exploit agregado envolvendo THORChain e Chainflip facilitaram esses eventos.
O incidente da Radiant Capital, atribuído pelas autoridades de fiscalização a uma entidade norte-coreana sancionada, resultou inicialmente no roubo de US$ 53 milhões em ativos durante um ataque em outubro. O explorador converteu os fundos roubados em 21.957 ETH a um preço médio de US$ 2.414 por moeda. Nesta semana, uma venda estratégica de 9.631 ETH gerou aproximadamente US$ 44 milhões em receitas de stablecoins, capturando US$ 48,3 milhões adicionais acima do valor original.
Em um exploit separado em fevereiro no protocolo Infini, o atacante desviou US$ 49,5 milhões em USDC antes de adquirir 17.696 ETH a um preço médio de US$ 2.798. Uma parte dos ETH, totalizando 3.540 moedas, foi vendida por US$ 13 milhões em stablecoins a um preço médio de US$ 3.762. As participações restantes valorizaram-se ainda mais, gerando ganhos incrementais de US$ 25,15 milhões quando vendidas durante o último rali.
O terceiro caso envolve uma violação combinada nas redes THORChain e Chainflip, onde 17.412 ETH foram extraídos ilegalmente em março. O explorador realizou uma alienação de 33,9 milhões de DAI a US$ 1.947 por ETH e depois voltou ao mercado, convertendo 4.957 ETH em US$ 22,13 milhões a um preço médio de US$ 4.464. O lucro líquido dessas transações atingiu US$ 9,76 milhões.
Coletivamente, os três exploits destacam vulnerabilidades persistentes de segurança dentro do DeFi. As perdas totais devido a incidentes de hacking chegaram a US$ 3,1 bilhões na primeira metade de 2025, após US$ 1,49 bilhão roubado em 2024. Vetores de ataque incluíram falhas em contratos inteligentes, manipulação de empréstimos relâmpago e exploits em pontes cross-chain.
Provedores de serviços de segurança recomendam procedimentos aprimorados de auditoria, gerenciamento descentralizado de chaves e mecanismos de liberação incremental de capital para mitigar a exposição ao risco. Coalizões da indústria defendem certificações padrão de segurança e sistemas automáticos de monitoramento para detectar padrões anômalos de transações.
Observadores de mercado ressaltam que a rápida liquidação de ativos pelos exploradores pode exacerbar a volatilidade dos preços e minar a confiança na infraestrutura DeFi. Os eventos enfatizam a necessidade de design aprimorado de protocolos, avaliações abrangentes de risco e estruturas colaborativas de compartilhamento de informações entre plataformas.
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